15º
Domingo do Tempo Comum
Ev
(Lc 10, 25-37).
“Mestre,
que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” (Lc
10, 25).
A passagem do evangelho deste domingo é conhecida como a parábola
do Bom Samaritano. Diante da pergunta de um mestre da Lei,
que de fato sabia muito bem os Mandamentos da Lei de Moisés, mas que parece
ignorar quem era o seu próximo, Jesus, de modo tão objetivo descreve para
aquele homem e para nós hoje também que o próximo é quem precisa de nós. Jesus
leva o mestre da Lei a reconhecer que ...
... próximo é aquele de quem eu me aproximo com misericórdia.
Compassivo como Deus é aquele que se aproxima para oferecer consolo e cuidar
dos desvalidos até que sua dignidade e sua vida fiquem totalmente restauradas.
Fazer-se próximo dos marginalizados para viver a “lei de Cristo”,
passa por: Libertar-se de preconceitos e sensibilizar-se diante da dor do
irmão. Tomar consciência da honra inerente a todo homem por ser filho de Deus e
membro da humanidade, independentemente de sexo, religião, condição civil e
social... Dar tempo e colocar os bens a serviço do outro, como sinal autêntico
da doação do ser. Acompanhar o processo de cura, sinal de que a
pessoa é o que importa. O discípulo de Jesus não se compadece em razão de uma
“função”, de uma idéia religiosa ou motivado por ideologias, mas pela “lei de
Cristo” e pela imitação de seus sentimentos (Fl 2,5). A caridade cristã não
pode ter o “tempo contado”, nem desconhecer “rostos” ou “necessidades”. Deve sempre
agir de coração, somatizando o amor.
De nós, cristãos, seguidores de Jesus, sabemos que se espera uma
postura de “bons samaritanos”, principalmente através das Pastorais Sociais que
funcionam em nossas Paróquias. Há muito que fazer, para que assim descubramos o
rosto de Jesus em nossos irmãos sofredores.
D.
Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano.
Fonte: www.diocesedesaojoaodelrei.com.br
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